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Numa semana onde a análise do Climatempo, considerado o melhor site de meteorologia do Brasil, atestou até o último sábado (19), temperaturas acima dos 30 º e em sua maioria, ultrapassando a casa dos 35º em todo o Rio de Janeiro e na capital fluminense, a preocupação torna-se bem forte quanto à qualidade de vida e aos problemas ocasionados pelo calor excessivo, pois não somente o calor em si mas ainda a questão da sensação térmica provoca uma série de reações orgânicas. Tontura; sensação de desmaio iminente; fraqueza corporal; fadiga; dor de cabeça; visão embaçada; dores musculares; náusea e vômito são sintomas característicos da chamada exaustão térmica.
No dia 17 de janeiro passado, quando os termômetros registravam 40,2 ºna cidade do Rio de Janeiro, o terceiro sargento do Comando Militar do Leste (CML), Gabriel Trettel Telles passou mal quando praticava uma bateria de exercícios regulamentares de rotina do teste de aptidão física que o permitiria ingressar num curso de especialização operacional, na Vila Militar. Após ter sido socorrido e levado inicialmente, para o Hospital Geral da Vila Militar e posteriormente, para o Hospital Central do Exército, situado em Benfica, na Zona Norte do Rio,. Neste momento, o militar teve complicações que resultaram em sua morte na noite de sábado (19).
Foto: Reprodução/ O Globo |
As “complicações” foram, segundo nota expedida pelo Comando Militar do Leste, devido provavelmente, à “exaustão térmica”, apesar das tentativas de reanimação, o óbito aconteceu e inquérito será instaurado a fim de apurar as circunstâncias que provocaram a morte do rapaz, que era de Itu e servia naquela unidade militar da capital.
Pior do que cãibras
A exaustão pelo calor em excesso é uma perda, em grandes quantidades, de sais (eletrólitos) e líquidos do corpo humano por conta das altas temperaturas ambientais. Esta, por sua vez, provoca uma diminuição do volume de sangue no organismo e causa sintomas como os descritos acima: Náuseas, tonturas, fadiga e outros e pode levar ao desmaio e também o colapso por completo, como pode ter acontecido com o militar na quinta-feira, dia 17 de janeiro passado.
Considerada pior do que mesmo as cãibras que também é um dos distúrbios ocasionados pelo calor e mais grave, a exaustão pode evoluir para uma insolação se as pessoas se mantiverem expostas ao calor excessivo. Esses sintomas que surgem ainda podem “mascarar” a causa exata, não permitindo que as pessoas à volta e a própria acometida da exaustão, tenham a noção exata de que o que está sentindo está ligado diretamente à questão da alta temperatura onde se encontra.
No caso de desmaios pela perca da consciência, a sudorese torna-se abundante e as freqüências cardíaca e respiratória tendem a ficarem mais rápidas mas a pressão pode ficar baixa, também. Ao contrário da insolação, na exaustão pelo calor não há confusão mental nem descoordenação motora e a temperatura corporal costuma ser normal mas mesma elevada, não ultrapassa os 40º C.
Foto: Agência Brasil |
Tratamento
As primeiras orientações é de que se desloque a pessoa para um ponto mais arejado e dar líquidos e sais minerais. O repouso também é recomendado, parando imediatamente do esforço causado pelas atividades físicas. Na falta de algum líquido a ser administrado via oral,o soro fisiológico é o recomendado (2 medidas rasas de açúcar, do lado maior da colher padrão; 1 medida rasa de sal, do lado menor da colher padrão num copo de 200 ml de água filtrada, fervida ou mineral engarrafada.
Outra boa administração oral ou intravenosa pode ser feita na pessoa acometida de exaustão térmica com a introdução de solução de cerca de 1 a 2 quartos de água contendo 2 colheres de chá de sal. As vestes devem ficar desapertadas, com umedecimento da pele com auxílio de panos úmidos.
Fonte: MSDmanuals
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